O termo “presbítero” vem do grego e significa “ancião/experiente”, e se associa com o termo “epíscopo” (bispo), como “supervisor/responsável” por um grupo. Trata-se de alguém que tem experiência para trabalhar na condução de uma comunidade. Este ministério é visto com este caráter desde o Antigo Testamento, quando há “anciãos”, que são pessoas a quem o povo recorria para obter instrução em suas questões. Mas o serviço surge de modo oficial para a Igreja cristã no livro de Atos, inclusive com o processo de eleição, como vemos em Atos 14.23: “E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.”.
Em Atos 15 vemos Paulo e Barnabé indo a Jerusalém para resolver uma questão, e ali eles são recebidos pelos apóstolos e pelos presbíteros. À frente, em Atos 20.17, vemos Paulo se encontrando com os presbíteros de Éfeso. Neste encontro, vemos no verso 28 vemos Paulo associar o termo presbítero a bispo, como correlatos, o que vai aparecer novamente no texto de Filipenses 1.1-2: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.”. Esta mesma associação dos termos como designativos de um mesmo ofício é vista em Tito 1, versos 5 e 7: “Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi (...) Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus...”.
Por fim, vemos Paulo dando instruções detalhadas sobre o caráter deste oficial na carta a Timóteo. Nesta passagem, aprendemos que o presbítero/bispo, deve ser alguém de bom testemunho, tanto na Igreja, como externamente, para com os de fora. Deve ser temperante, moderado, sóbrio, capaz de agir com prudência e sabedoria nas mais variadas questões que possam surgir no meio da Igreja. Precisa ter aptidão para o ensino, a instrução e o conselho, para que possa orientar e ajudar os irmãos em sua caminhada. Com relação à vida familiar, vemos que o presbítero deve ter uma vida digna em seu lar, cuidando bem de sua família, e conduzindo os seus filhos nos caminhos de Deus, de modo respeitável. Vale ainda ressaltar o aspecto de sua experiência cristã, onde vemos que não deve ser alguém “neófito”, isto é, um novato na vida cristã, que ainda não tem experiência, constância e testemunho reconhecido para exercer uma função de orientação sobre a comunidade cristã.
Segue o texto com todas as instruções – 1 Timóteo 3.1-7: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.”.
Rev. Thiago de Assis Rodrigues
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